Décima quarta viagem para a África, e realmente não sabíamos o que encontraríamos lá, era um momento ímpar para a Via África, era um marco na vida de cada um que faz parte deste grande projeto, especialmente para o pastor Marcos, pois as dimensões eram incalculáveis. Ao chegar em Beira nos deparamos com uma situação incrivelmente constrangedora, fomos recebidos com grande festa, pessoas cantando e dançando incrivelmente felizes em nos receber, ficamos sem palavras e reação diante da atitude daquelas pessoas. Mais tarde descobrimos que a maioria das pessoas que ali dançavam estavam sem teto ou paredes em suas casas, a mesma cena se repetia onde era a igreja, lá, restou apenas o piso, todo o resto foi levado pelo vento, mas as pessoas louvavam a Deus como se nada tivesse acontecido, felizes por estarem vivos.
O cenário naquela cidade era pós apocalíptico, sem energia, água, casas e prédios destruídos, árvores arrancadas ou quebradas ao meio, postes de energia ao chão, ruas interditadas, tudo isso duas semanas após a passagem do ciclone, a cidade ficou alagada, o ciclone causou grandes danos materiais e inúmeras mortes, mas não conseguiu abalar a fé daqueles irmãos e serviu para fortaleceu ainda mais o amor e fé em solo africano.
Todos os olhos estavam voltados para Beira, a igreja uniu-se em um só proposito, ajudar as pessoas. Todos os lugares que passamos, Nampula, Quelimane e Maputo estavam orando pelos irmãos de Beira.
Ainda em solo africano um novo ciclone se aproximava do norte de Moçambique, ainda mais forte que o Idai, mas dessa vez a igreja se posicionou de uma maneira diferente, palavras do próprio pastor Maposse, o ciclone chegou a costa e parou, era a mão de Deus que operava livramento naquele momento.
Há muito a ser feito ainda, mas o que ficou claro nesta viagem, é que nada pode impedir o agir de Deus em favor do povo africano, independente do que venha a acontecer, as canções e danças louvando a Jesus não irão parar.